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Toda a população está sujeita a ficar sem água por dias. Foto: Camilla Pereira |
Restaurantes, bares, hospitais e empresas da capital, estão recorrendo à adoção de um plano “b” ao uso da água
A crise hídrica em São Paulo trouxe á tona para o país um problema que há tempos atinge milhares de pessoas em toda região Sudeste, a escassez crônica da água. Porém, neste ano o alerta para economizar água está maior, vivenciamos dias nos quais o racionamento é contínuo e toda população está sujeita a ficar sem água por alguns dias.
Por conta da baixa disponibilidade do reservatório no sistema Cantareira, restaurantes, bares, hospitais e empresas da capital, estão recorrendo à adoção de um plano “b” para um gerenciamento ao uso da água. O racionamento, que se arrasta há vários meses é um fenômeno inédito para a maioria das empresas. “Em mais de 20 anos, nunca havíamos enfrentado um problema desses, encher baldes de água para poder passar a semana”, diz o Sr. Paulo de Oliveira, proprietário de uma pastelaria, localizada na Zona Sul de São Paulo. A região sofre com o racionamento de água em dias alternados e para evitar ficar sem água, a pastelaria fez uma pequena reserva de água em baldes para a limpeza do ambiente. Para continuar a atender aos clientes, o Sr. Paulo relata que fez estoques de água potável e com isso aumentando o orçamento da pastelaria.
Ainda, na região da grande São Paulo, o hospital Samaritano, recorreu a uma medida bem criativa para economizar água. Garrafas PET foram instaladas e preenchidas com pedras no interior das bacias sanitárias para diminuir a vazão, ao dar a descarga. De acordo com um porta-voz da instituição, essa solução “caseira”, já resultou em uma economia de 1,5 litros de água a cada descarga. Além disso, reformas foram feitas na estrutura das tubulações antigas, chuveiros e vasos. Trocaram os sanitários comuns por um com sistema dual flush (caixa sanitária com dois botões que permitem descargas com níveis diferentes de água) e a redução, de nove para seis litros, das caixas acopladas. Essa mudança trouxe para o hospital uma economia de quase R$ 800,00 mil, segundo dados do hospital.
A crise hídrica afeta principalmente o sistema Cantareira, que abastece mais de 70 municípios de São Paulo, inclusive as cidades do interior de São Paulo que também estão se adequando a crise, conforme a quantidade de água que passa pelos mananciais.
A unidade da empresa Mercedes-Benz, localizada em Campinas também passa por reajustes e problemas de abastecimento. Segundo a assessoria da empresa, a lavagem de veículos está suspensa e a frequência da lavagem de pisos, antes diária, agora é uma vez por semana.
Outra medida que está sendo muito adotada entre condomínios comerciais é a instalação de cisternas para captação da água da chuva, com isso podendo reduzir até 50% do consumo.
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