Banda Ouro e Chá e Camila Brasil no último evento do Jazz na Kombi. Foto: Patrícia Lima |
Com o freio de mão puxado, som alto e portas abertas, a Kombi do jazz ocupa espaços púbicos da cidade com muita cultura e estilo
Criado há cerca de um ano por quatro amigos e amantes da boa música com o objetivo de disseminar o jazz de forma gratuita, o coletivo Jazz na Kombi reúne bandas alternativas em div
ersos lugares da cidade, transformando espaços públicos em verdadeiros palcos de apresentações musicais.
ersos lugares da cidade, transformando espaços públicos em verdadeiros palcos de apresentações musicais.
“No início, nós utilizávamos a Kombi para transportar equipamentos de outro projeto, que realizávamos na periferia. Certa vez, comprei diversos discos de jazz e passei a ouvi-los na Kombi, a vibe era tão boa que decidimos compartilhar... Pensamos: Por que não abrimos as portas da Kombi e fazemos um evento? E assim nasceu o Jazz na Kombi”, conta o poeta Giovani Baffô, que integra o coletivo juntamente com a esposa e psicopedagoga Carul Laerte, e os amigos Leonardo Sarmento e Thiago Calli.
O “show itinerante”, que começou apenas com discos de jazz e a venda de cerveja, hoje conta com a participação de diferentes bandas e já passou por mais de 40 cidades da Grande São Paulo e Interior. Andança que, além de democratizar o acesso à música, antes “elitizada”, também apresenta ao público novos talentos do jazz e da música popular brasileira. “Nós temos bandas parceiras e também recebemos muito material de bandas novas em nossa página, mas sempre tentamos manter 70% de jazz em nossos eventos”, explica Baffô.
Sem apoio financeiro de editais ou projetos do governo, o coletivo segue levando o som de forma totalmente independente, se mantendo com a venda de bebidas durante os eventos e das camisetas personalizadas da “marca”. Fonte de renda, que somada às parcerias e boa vontade, são mais do que suficiente para que o grupo continue ocupando espaços públicos e emanando sua sintonia pela cidade. Basta abrir as portas da “Kombosa” e aumentar um pouco o volume, que o show acontece. Em seus último evento, realizado no Parque Arariba, extremo da Zona Sul, o grupo reuniu, sob garoa fina e vento gelado, cerca de 100 pessoas, entre artistas, membros de coletivos e simpatizantes do jazz, que cantaram e dançaram com as bandas convidadas.
“O que eu acho mais bonito é que a qualidade musical e cultural dos eventos são de altíssimo nível, e é tudo de graça, ocupando espaços públicos. Isso é resistência, é liberdade de expressão e é autonomia, e o melhor: é tudo de graça e ‘da ponte pra cá’”, analisa João Aquino, 25, que é morador do Parque Ypê e costuma prestigiar os eventos promovidos pelo coletivo.
Além das ações realizadas esporadicamente aqui e acolá, o Jazz na Kombi também promove eventos periódicos, entre eles o “Iquiririm Jazz Festival” que acontece mensalmente na Rua Iquiririn, no Butantã , o “Favela Jazz Festival” e o “Menor Festival de Jazz do Mundo”, realizados uma vez ao ano.
Curtiu? Também é possível acompanhar o itinerário da Kombi do jazz por meio de sua página no Facebook. facebook.com/jazznakombi
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